24 Hours Vancouver entrevista Simple Plan

Durante a passagem do Simple Plan por Vancouver, a 24 Hours Vancouver fez uma entrevista com Pierre Bouvier e Jeff Stinco.
Confira abaixo a entrevista traduzida:

Carreira músical dá um pouco de trabalho para o Simple Plan

Desde o primeiro álbum da banda lançado, há 10 anos, os cantores canadenses do Simple Plan se tornaram uma das melhores bandas de rock canadense com suas clássicas músicas contagiantes de pop punk.
Recém saídos de uma turnê asiática e atualmente no Canadá para uma agenda de compromissos com Marianas Trench, Joe Leary passou 24 segundos com o vocalista da banda, Pierre Bouvier e o guitarrista Jeff Stinco, durante a passagem da banda por Vancouver.

Citação :

24: Você tinha alguma ideia de que esta seria a sua carreira ou apenas aconteceu?

Pierre Bouvier: Realmente eu não via isto acontecendo. O Chuck era aquele cara muito louco. Tínhamos 14, 15 anos e ele sempre sonhava em tocar para uma enorme platéia. Eu nem mesmo sonhava. Meus pais me perguntavam: “O que você pensa que está fazendo? Você está perdendo seu tempo em uma banda e como consequência, abandonando a escola. Você é louco?” Minha resposta sempre era “Eu não ligo para o dinheiro. Eu gosto do que eu faço e quero ver aonde que isto irá me levar.” E agora, estamos aqui e temos uma vida com isso. Até que chegou a um certo ponto no qual nós não podíamos ir mais para a escola e ao mesmo tempo ter uma banda, porque assim não teríamos tempo para fazer as duas coisas. Então, nós todos tomamos a decisão de parar de estudar e tentar a sorte.

Jeff Stinco: Nós também éramos muito jovens quando começamos e nós nem tínhamos dinheiro, então realmente a gente nem ligava. Nosso objetivo era tocar. Sair da cidade e nos divertir. Na nossa primeira turnê, por exemplo, nós tocamos no Sugar Ray. Nosso objetivo era sair da cidade e arrasar.

24: Cada banda tem, no auge de suas turnês, músicas que se destacam em seus repertórios. Para o Simple Plan, eu diria que o destaque foi “Untitled”. Como ela surgiu?

Pierre Bouvier: Ela não foi escrita para um fim específico. Mas houve uma série de histórias que nos inspiraram. Era, de fato, sobre estar passando por um momento trágico de ter algo que poderia afetar a todos e suas vidas. Todo mundo passa por isso. Seja por perder alguém muito especial ou apenas passando por uma fase de completo desespero por qualquer coisa. Você se sente tão sem nada e perdido e esta música diz exatamente isso: “Como isto pôde acontecer comigo?“ Acho que essa música tem realmente uma conexão com muitas pessoas.

24: Vocês receberam muitas críticas pela mesma?

Jeff Stinco: Claro, com certeza. O clipe ainda continua sendo passado em escolas nas quais tópicos sobre drogas e alcoolismo são discutidos e eu acho que a mensagem é muito positiva. A música já era bem forte, mas o videoclipe realmente mudou as coisas. O vídeo era muito intenso, forte e as imagens eram incríveis. Esta música provavelmente se destacou entre as outras porque o tema dela é muito relevante. Muitas pessoas ainda continuam relacionando-a com outras coisas no passar dos anos.

24: É quando vocês se deparam com músicas que tiveram um forte impacto?

Jeff Stinco: Com certeza, nós nunca fomos uma banda que recebeu muitas premiações musicais, mas quando você vê este tipo de resposta, não dá pra negar. Você percebe que a sua música teve uma conexão e que as pessoas a consideram impactante.

24: Voltando no tempo, vocês enfrentaram algum problema por serem franceses que decidiram cantar em inglês?

Jeff Stinco: A política em Quebec já estava em mudança e agora acho que já mudou completamente, mas as pessoas nem mesmo nos notaram quando começamos. Eles tinham ouvido algumas músicas aqui e ali, mas nem faziam ideia de quem nós éramos e certamente nem sabiam que éramos de Montreal. Para completar, a rádio era em francês. Eles tinham que tocar músicas que agradassem pessoas do Canadá, então era meio difícil conseguirmos ir ao ar. Nós estávamos competindo com artistas que tocavam ao vivo, então levou um certo tempo até começarmos a tocar na rádio.

Pierre Bouvier: Muitas pessoas pensavam que a gente era dos Estados Unidos porque quando cantamos pela primeira vez, cantamos em New York.

Jeff Stinco: Com o passar dos anos, começamos a ser questionados por que a gente não cantava em francês. Mas nós realmente nem perdemos muito tempo pensando nisto. Para nós, era mais pelo fato de que a maioria das bandas que escutávamos tocarem em inglês e também porque fazia mais sentido tocar do mesmo jeito. Quando o dueto com Natasha Bedingfield apareceu neste novo álbum, nós percebemos que era uma boa oportunidade de trazer um convidado que respondesse isso.

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