Em entrevista ao That’s Mags, na China, o guitarrista do Simple Plan, Jeff Stinco, comentou sobre os fãs brasileiros, as parcerias do álbum “Get Your Heart On!”, sobre o single “Jet Lag” e mais, Stinco revelou que no final de 2012, o Simple Plan irá gravar seu novo álbum! Confira a entrevista completa abaixo:
O melhor Plano definido
Jeff Stinco tendo sorte e Natasha Bedingfield “tirando a roupa”
Já faz mais de 12 anos desde que a banda de pop punk canadense, Simple Plan se formou. Mas é a primeira vez que o quinteto com certificação Platinum está fazendo uma performance em Shanghai. Frente aos seus shows esse mês, o guitarrista Jeff Stinco conversa sobre experiências de quase morte, lotação e cantar em francês.
O novo álbum, Get Your Heart On!, parece muito excitante.
Era para ser um simples e divertido álbum, mas na verdade foi meio difícil. Foi difícil pegar a energia dos nossos primeiros dois álbuns. Comparado ao último álbum, tem um sentimento muito mais verão.
Então você está dizendo que o terceiro álbum, Simple Plan, foi menos divertido e energético?
O terceiro álbum foi um álbum introspectivo. Tem muita exploração. Nós estávamos tentando coisas diferentes. Pessoalmente, eu vejo como um álbum de transição. É muito difícil para uma banda encontrar sua personalidade e cumpri-la, mas também tentar caminhos diferentes.
O que fez vocês decidirem lançar seu single recente, “Jet Lag”, nas versões em inglês e francês?
Por que não francês? Nossa primeira língua é francês, apesar das primeiras bandas que nos influenciaram serem americanas. Nós estávamos meio que imitando, nos primeiros dias, as bandas que nos influenciaram. E agora estamos em um ponto em que tentamos coisas novas.
Tem muitas músicas com participações especiais de outros vocalistas no álbum. Vocês chegaram a conhecer os artistas ou as partes deles foram gravadas separadamente?
Pierre, nosso vocalista, passou muito tempo com Natasha Bedingfield para arrumar suas partes. Sébastien e eu passamos um tempo com Marie-Mai. A melhor parte foi filmar o vídeo (de Jet Lag). Eu estava meio tímido durante a filmagem porque estava pensando “meninas, vocês não estão usando muita coisa!”. Eu estava tentando ser um cavalheiro sobre isso. Mas depois tivemos uma festa de rap e Natasha se jogou, ela estava como um dos caras.
Com quem você estava mais animado para trabalhar?
Mark Hoppus do Blink 182, ele foi definitivamente muito importante para nós. Mas ter Rivers Cuomo do Weezer foi uma honra. Ele tem uma voz inconfundível e nós todos somos grandes fãs. Tiveram momentos na música que foram muito “Weezer-izados”.
Se pudesse trabalhar com qualquer artista no futuro, quem seria?
Seria ótimo trabalhar com a Pink. Acho que a voz dela é forte, poderosa. Ela tem fãs muito intensos e trata eles com muito respeito. Gwen Stefani do No Doubt também é alguém com quem gostaríamos de trabalhar.
Parece que você estão de olho nas meninas. Seu segundo álbum foi entitulado “Still Not Getting Any…” Vocês estão “recebendo algum” agora?
Eu com certeza espero que sim! Na nossa idade seria patético se não estivéssemos. Alguns de nós têm namoradas, alguns estão solteiros. Nós sempre arranjamos uma maneira de gerenciar isso. É muito gerenciável…
Qual a coisa mais rock and roll que já aconteceu a você?
Um dos nossos motoristas de ônibus dormiu na direção no caminho de Chicago. O ônibus quase capotou. Isso me lembra de Almost Famous, quando o avião está prestes a cair.
Na Malásia, eu lembro de haver uma sessão de autógraficos na loja de música e teve um tumulto na nossa saída. Pessoas estavam batendo no ônibus e nós estávamos saindo e o segurança pediu para nos abaixarmos porque as janelas estavam prestes a quebrar. As pessoas estavam correndo atrás do ônibus.
Algumas músicas suas foram banidas pelo Ministro da Cultura da China. Qual sua reação quando ficou sabendo disso?
Minha primeira reação foi “sério? Por quê?”. Para mim, foi interessante sermos banidos com grandes artistas como Lady Gaga. A notícia fez o mundo para nós.
Nós respeitamos a resposta do governo e a maneira que eles lidam com isso. E no final do dia, fãs encontram um jeito de ouvir nossa música. Nós temos uma missão muito social fora da banda, mas com a música, não tem nenhum conteúdo fortemente político. Há muita insinuação, mas não fazemos nada sexual.
Mais cedo nesse ano, vocês tiveram que cancelar shows na China, por causa da lesão de Pierre. O que aconteceu?
Como uma banda, você tem que tomar decisões difíceis e algumas vezes você espera muito. Pierre fez muito e suas cordas vocais ficaram tensas. Com sorte, ele reagiu rápido e ficou fora o tempo que precisava. Nós aceitamos isso e esperamos pela recuperação dele. E reajustamos nossa maneira de pensar. Durante os anos, nós podemos ter pressionado demais a máquina.
Você está a ponto de continuar uma turnê até o próximo ano. Você tem alguma preocupação sobre sua futura saúde?
Claro. Mas no final do dia você quer dar o melhor show possível. No passado, a filosofia da banda era fazer tudo, 300 shows em um ano. O calendário atual é intenso, mas não como antes.
Você “andou para trás”, porque está ficando muito velho?
Oh, nós somos tão velhos! Não, eu acho que estamos ainda melhores agora. Eu vejo fotos de antes e penso “oh wow, você festejou demais!”. Realisticamente, você não pode fazer 300 shows por ano durante três anos consecutivos. Em algum ponto, é demais.
Algumas músicas no novo álbum fazem parecer que vocês estão cansados de fazer turnês.
Seres humanos têm um talento especial de reclamar. Nós não somos a exceção para isso. Quando você está em casa, você quer estar na estrada e quando você está na estrada, você quer estar em casa. Fazer uma turnê é realmente muito trabalho e felizmente existe o Skype! Muitas vantagens com a tecnologia.
Você tem que lembrar que as músicas são escritas em momentos de vulnerabilidade. E nas músicas você tende a reclamar das coisas ruins da sua vida. Bons momentos com sua família não é o que você vai escrever. Por isso, o álbum reflete isso. Não é uma maneira de dizer que estamos sempre tristes.
O que mais te deixa empolgado sobre vir para Shanghai?
Uma cidade moderna! Já vi muitas fotos e depoimentos e blogs de viagem, mas estou meio curioso para ver a reação dos nossos fãs nos shows.
Nós sempre dizemos que os fãs ao redor do mundo reagem da mesma forma, mas não é verdade. No Brasil, é pura loucura, muitas pessoas nos reconhecem nas ruas, fãs basicamente nos trancam em um prédio! Em outro lugar, leva um tempo para chegar na multidão.
Planos para o futuro?
2012 não será uma exceção para nossa agenda agitada. Estaremos fazendo uma turnê completa pelo Canadá, Estados Unidos, América do Sul. E no finalzinho do ano, estaremos gravando nosso novo álbum.
Tendo turnês tão extensivas, você deve ser um expert em assuntos mundanos. Quem venceria uma briga entre um urso polar e um tigre?
Eu apostaria no urso polar, eu acho. aposto na força e solidez. Eu diria que o urso polar seria um sucesso nesse nível. Tigres tenderiam a ser mais rápidos, mas eu acho que no geral o urso polar.
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